Para compartilhar minhas impressões da vida e do amor. Por que compartilhar é viver e viver é aprender a amar.
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Por dentro de mim
Fui e tenho sido uma pessoa abençoada por Deus. No último mês, tenho vivido dias realmente felizes. E, embora não despertem o riso ao ler as postagens antigas, a felicidade de hoje me faz imaginar que superei o trauma relatado na última postagem... É, meus amigos, talvez aquele que escreveu "nada como um dia após o outro", tinha a certeza da experiência. As dores passam. As cicatrizes saram. As marcas podem desaparecer. Hoje, refletindo na vida e no pouco que conheço de mim, começo a perceber que minhas tristezas e lágrimas nada mais são que a manifestação de minhas lutas internas. Eu e eu mesmo, enclausurada em crenças, condutas morais e sociais de uma sociedade que exige tanto da mulher, tanto de mim, tanto de nós. Lutamos, sonhamos, lutamos e continuamos a sonhar. Assistimos perplexos a roda da vida a passar diante de nós, girando acontecimentos que não podemos mudar. Anseios que não podem ser satisfeitos. Comportamentos que não podem ser alterados, por que ao mesmo tempo em que dependem são independentes de nós, alheios, frutos de interações entre atores com seus próprios interesses e lutas e anseios e sonhos. Olho para meu interior em busca de explicações para as coisas que acontecem fora de mim, os resultados das interações. Mas, dentro de mim vejo o que não quero ter, o que não quero ser e entendo o quanto é difícil ser e ter. Espero em Deus, ajuda constante. Para, quem sabe, conseguir, embora que por um triz, ajudar a girar a roda que passa diante de mim. Conseguir ser e ter. Anseios, sonhos e lutas com final feliz.
sexta-feira, 14 de junho de 2013
Incertezas
Comecei este blog como se começa um diário. Não tenho com quem conversar o que está escondido no coração e que não pode ser visto no rosto. Às vezes, o dia a dia denuncia. Nem sempre é possível disfarçar a dor que se sente, a inquietação, a angústia, a dor de não se sentir amada ou mesmo de não saber amar... Mas, a aparência não é o bastante para denunciar os sentimentos. Talvez escrever seja bom e ajude a superar esta fase diferente da vida. Nos últimos dias, o trabalho funciona como analgésico, pouco produtivo, dada a lentidão causada pelo pesar. Penso mais no passado e como poderia ter sido. Se me arrependi das escolhas que fiz, não sei ao certo. Como seria hoje, se o ontem tivesse sido diferente? Essa pergunta tem alimentado meus devaneios. Vi pessoas sofrerem de amor, quando jovens, comigo é diferente. Sofro hoje, quando a juventude já se foi. Quando parece tarde demais para recomeçar. Como uma fruta que atinge o estágio de maturação em que não pode mais ser sustentada pelo caule e cai, esborrachando-se no chão. De repente, o que se vê da vida não parece mais tão belo. Não sei como vou superar este momento, nem se irei superar. Não sei se um dia poderei olhar para estas postagens e rir delas, como de um mal superado. O dia de amanhã dirá.
segunda-feira, 3 de junho de 2013
Nada como um dia após o outro?
Nada como um dia após o outro. Dizia a sabedoria popular. Mas, o que é um dia após o outro quando antes se podia ser e hoje não se pode mais? Quando antes se sabia ser e hoje não se sabe mais? Quando antes, viver o amor era tão fácil e hoje está tão complicado? Dura realidade. Duras emoções. Duras indefinições. Sim. Indefinições. Por que os dias após os outros têm me deixado perdida, zonza, desconhecida, desaparecida. O céu está mais distante. Eu estou distante de mim. Mas onde estou? Onde está o amor que pensei estar perto de mim?! Onde foi parar? Por que não consigo alcançá-lo mesmo quando penso tê-lo tão perto? Não é fácil compreender. Ser compreendido. Não é fácil valorizar. Ser valorizado. Não é fácil respeitar. Ser respeitado. Não é fácil dar importância. Ser importante. Sentir esta importância. São tantas as subjetividades. Não se pode mergulhar em todas. Nos dias de antes, pensava poder mergulhar em uma ao menos e nadar em águas tranquilas, conhecidas, refrescantes. Nos dias após, as águas não são mais tranquilas, conhecidas, tampouco refrescantes. Não consigo nadar. Machuca. Dói o coração. As águas não se encontram, não desembocam juntas no mar. Onde está o amor que pensei estar perto de mim?! Onde foi parar?
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